sábado, 23 de julho de 2016

Castigo Físico de Crianças: o que dizem os estudos?

Estudos sobre Castigos Físicos

Punir fisicamente as crianças pode causar danos no desenvolvimento a longo prazo e até mesmo reduzir o QI delas, diz estudo canadense que visa a reverter o tradicional debate ético para o campo da medicina.

A pesquisa, publicada no Canadian Medical Association Journal, chegou a esta conclusão depois de analisar 20 anos de estudos publicados sobre o assunto.

Os autores observam que a conclusão médica talvez tenha sido limitada e sobreposta pela preocupação que os pais tem sobre como disciplinar seus filhos.

Enquanto tapas e palmadas não são mais tão comuns como há 20 anos, muitos ainda apoiam a prática e consideram que proibir  os "disciplinadores" no uso de uma punição corporal serve para limitar os direitos dos pais.

Essa visão destaca a dificuldade em mudar a mentalidade sobre o assunto, apesar da enorme evidência acumulada que demonstram os danos que podem resultar da punição corporal em uma criança, disse Dra. Joan Durrant, uma professora da Universidade de Manitoba e uma das autoras do estudo.


Castigos Físicos de Crianças

"Eu passei do tempo de chamar isto tudo de uma controvérsia. É uma palavra usada e não sei por que, mas a pesquisa demonstra que realmente não há nenhuma controvérsia", assina-la a especialista. "Se tivéssemos esse mesmo nível de consistência nos resultados em qualquer outra área da saúde, já estaríamos agindo sobre ela. Nós devemos derrubar todos os obstáculos e trabalhar sobre essa questão", acrescentou.

Durrant e o co-autor Ron Ensom, do Hospital Infantil de Eastern, Ontario, em Ottawa, mencionou que a pesquisa mostra que o castigo físico torna os meninos mais agressivos e anti-sociais e pode causar problemas cognitivos e de desenvolvimento.

Estudos recentes sugerem que crianças "doutrinadas" com castigos físicos, possuem reduzida massa cinzenta em áreas importantes para o cérebro e desenvolvimento da inteligência. "O que percebemos é que o castigo físico não só prevê consistentemente o comportamento agressivo, mas também prevê o desenvolvimento de problemas como depressão e abuso de substâncias químicas", disse Durrant.

"Não existem estudos que mostram resultados positivos a longo prazo do uso do castigo físico", ele acrescentou. Enquanto o castigo físico é proibido em 32 países, a punição corporal de crianças continua a ser, pelo menos parcialmente, socialmente aceito em grande parte do mundo.

Discussões sobre o assunto tendem a girar em torno da ética de usar a violência para impor a disciplina. Com o estudo, Durrant espera que os pais comecem a olhar para o problema a partir de uma perspectiva da saúde.

"O que nós esperamos é que os profissionais da saúde levem a mensagem e façam mais no aconselhamento dos pais sobre este assunto e ajude-os a entender que o castigo físico não vai levá-los para onde eles querem desejam chegar", disse Durrant.

E você, o que pensa sobre este assunto? Comente aqui em baixo.

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